Seurat tencionava assim, captar a maior luminosidade possível da cena, sabendo que, se a mistura das tintas fosse realizada directamente na paleta, grande parte da luminosidade se perderia.
Isto vem a propósito da mistura subtractiva e que se refere à cor pigmento. Nesta síntese cromática, quanto mais se adicionam diferentes tintas, mais se vai perdendo cor e luz, tendendo-se no extremo ao negro, que é precisamente a ausência de cor e de luz. Recomendamos a pesquisa mais aprofundada destas informações na nossa área reservada ao estudo da cor.
Designa-se por “natureza morta” o género de pintura através da qual se representam essencialmente seres inanimados, tais como frutas, flores, livros e outros objectos.
Este género de pintura tem raízes na Antiguidade Clássica, e era empregado em pinturas murais, denominadas “frescos”, como o exemplo mostrado abaixo, proveniente da cidade romana de Herculano e datado de 50 d.C.
Posteriormente, em diversas épocas, muitos artistas dedicaram-se a este género de pintura, exibindo nas suas obras belos vasos cheios de vinho, frutas apetitosas ou iguarias dispostas em requintadas porcelanas.
O pintor francês Paul Cézanne (1839-1906) realizou muitas naturezas-mortas, explorando motivos estáticos que lhe serviram para aprofundar estudos de cor, modelação, profundidade, volume.
O pintor francês Paul Cézanne (1839-1906) realizou muitas naturezas-mortas, explorando motivos estáticos que lhe serviram para aprofundar estudos de cor, modelação, profundidade, volume.
Maçãs, pêssegos e peras
1879-80
Museu Ermitage
S. Petersburgo
Propomos que, a partir da imagem fotográfica abaixo, realizes uma composição visual através das seguintes etapas:
1. Reproduz as linhas de contorno do prato e das frutas com lápis HB;
2. Identifica, também a lápis, as diversas manchas de cor existentes na imagem;
3. Reproduz estas manchas de cor, utilizando canetas de feltro coloridas, e explorando os princípios enunciados por Georges Seurat.